tag:blogger.com,1999:blog-7633769927935533392024-03-13T06:53:27.476-07:00Cinema Contemporâneo AmericanoRUBENShttp://www.blogger.com/profile/06892853602991148985noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-763376992793553339.post-82112936313958354712008-04-21T04:27:00.000-07:002009-04-21T16:08:38.874-07:00<div align="center"><span style="font-family:arial;color:#ffffff;"><strong>..</strong></span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;"><strong>A TRANSIÇÃO E O CINEMA CONTEMPORÂNEO</strong></span></div><div align="center"><span style="color:#ffffff;">..</span></div><div align="center"><span style="font-family:arial;color:#3333ff;">Manhattan, 1979</span></div><div align="center"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_I8ct85_fVBo/SAx94irIU9I/AAAAAAAAB68/7b64fJUEPos/s1600-h/MANHATTAN.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5191662880785191890" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_I8ct85_fVBo/SAx94irIU9I/AAAAAAAAB68/7b64fJUEPos/s400/MANHATTAN.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:arial;"> <span style="color:#3333ff;">Um filme de Woody Allen</span></span></div><div align="center"><span style="font-family:Arial;color:#ffffff;">..</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">No cinema, como tudo na vida, há um momento que é a época da transição, pois nada é eterno nesta terra dos homens. E aconteceu que no final da década de sessenta para início da década de setenta, a transição do chamado Cinema Clássico para o Cinema Contemporâneo. Quando o cinema sai daquela temática acadêmica tradicional imposta por Hollywood, entre as décadas de 20 e 60 (onde o seu apogeu foi às décadas de 40-50), para uma visão nova e renovada do cinema como um todo. É verdade que alguns autores continuaram, por algum tempo, fazendo o cinema ao estilo clássico, mas, muitas vertentes enredaram por outros caminhos apresentando obras que fugiam a tradição clássica, principalmente de Hollywood, de se contar uma história. Podemos notar nesta transição, uma grandiosa evolução no tocante à exposição de temáticas politicamente engajadas e que procuravam retratar da maneira mais fiel possível à realidade vivida pelos personagens em seus diversos meios de convivência social. Não se tratava aqui dum cinema realista como o neo-realismo italiano, por exemplo, mas, um cinema, que além de retratar a realidade, ou uma bem tramada ficção com aspectos que retratavam a realidade, porém, com duas diferenças: são obras de produções bem cuidadas e diretores e atores de primeiro escalão; mas com uma temática de questionamento político e social, embora de maneira, por vezes, indireta.<br />Podemos dizer que os filmes do início da era Contemporânea do Cinema, não eram, por assim dizer, politicamente corretos; mas eram, sem sombra de dúvidas: questionadores, retratadores de uma sociedade, que outrora, fora mistificada e glamourizada por Hollywood. Damos o exemplo de <span style="color:#ff0000;">Operação França</span>, de William Friedkin, um filme policial que tinha uma visão mais suja e violenta da realidade das ruas de Nova York. É um filme que procura mostrar de maneira mais transparente e até mesmo ousada, para a época de seu lançamento, a dura convivência entre criminosos e a lei, retratando a figura do policial de uma forma muito mais humanizada, sem empregar às suas ações aquele tom de super-heroísmo comumente encontrado nas produções das décadas anteriores.<br />E assim, por diante, foram surgindo filmes e mais filmes com temáticas que fugiam ao classicismo natural da fase clássica.<br />Como <span style="color:#ff0000;">Laranja Mecânica</span>, de Stanley Kubrick, na Inglaterra, que permanece até os dias de hoje como uma das fitas mais marcantes e ousadas da história, com a temática da violência e o seu tratamento.<br />No mundo todo, este chamado cinema político / social, começou a dar as cartas e a Meca do cinema mundial, Hollywood, não poderia deixar de lado esta nova fase do cinema e embarcou em temáticas que visavam a dureza da realidade social.<br />Filmes como <span style="color:#ff0000;">O Poderoso Chefão</span>, 1972, <span style="color:#ff0000;">Taxi Driver</span>, 1976 e <span style="color:#ff0000;">Apocalypse Now</span>, 1979, entre outros. Este último, por exemplo, que retratava a imbecilidade e a loucura proporcionada pela guerra, em um dos filmes mais fenomenais desta fase do cinema americano e mundial. Vale complementar aqui, que este filme do mestre Francis Ford Coppola, é um exemplo característico da diferença do cinema atual ao da era clássica do cinema americano: naqueles, nos filmes de guerra os protagonistas eram invariavelmente heróis; nestes, os protagonistas nem sempre o são, podem ser loucos homicidas e consumidores de drogas, retirando o glamour, mas inserindo a realidade às obras, desnudando o homem daquela sua áurea de mocinho bem comportado e politicamente correto.<br />É lógico que alguém vai dizer que, já na década de sessenta, e até em décadas anteriores, houve filmes que desmistificaram os heróis americanos; e poderiam inclusive citar a corrosiva obra-prima de Sam Peckinpah, <span style="color:#ff0000;">Meu Ódio Será Tua Herança</span>, no gênero mais autêntico e genuinamente americano que existe. Sim, é verdade! E é exatamente estes filmes, que já vinham dando os ares de suas graças, que foram, aos poucos, moldando como seria a nova fase do cinema americano e mundial. Pois uma coisa todo mundo concorda: nada surge do nada! Há que haver um pré-film Noir, um pré-neo-realismo, etc; assim como, é claro, um pré-cinema contemporâneo. A estes filmes que foram realizados no final da década de sessenta e início da de setenta, é o que chamamos de filmes de transição.<br />Mas, o cinema autoral também, começou a colocar as duas manguinhas de fora e importantes autores fizeram grandes obras para o enriquecimento do cinema mundial. Como exemplo posso citar Woody Allen, que, entre outras obras, fez a sua maior obra-prima, a melhor história de amor cômica do cinema, <span style="color:#ff0000;">Noivo Neurótico, Noiva Nervosa</span>, 1977; e outros autores também, como Brian De Palma, Milos Forman, Roman Polanski, entre tantos, fizeram obras autorais e de temáticas atuais e que fugiam ao glamour natural das obras clássicas. Vale acrescentar também que, evidentemente, já existia o cinema autoral, principalmente na Europa, mas, na América dos grandes e poderosos estúdios, um diretor precisa ter muito peito para nadar contra a correnteza.<br />Nesta fase também, foi intensificado o cinema de entretenimento (que sempre existiu nos EUA, mas não era tão massificado quanto nos tempos atuais), sendo que hoje em dia, o mercado é absurdamente dominado por estes filmes, na sua grande maioria descartáveis. Um dos grandes autores deste tipo de cinema é Steven Spielberg, e se somam a ele, uns três ou quatro bons autores, mas a grande maioria, infelizmente, são diretores paus-mandados a cargo de produções caríssimas, mas de qualidade pra lá de duvidosas.<br />É lógico que de tempos em tempos surgem obras de qualidade que destoa no meio dos blockbusters (arrasa-quarteirões) que dominam o mercado. Obras de gente como Quentin Tarantino e do próprio Steven Spielberg e outros que surgem do nada, mas, que infelizmente, também desaparecem da mesma forma que apareceram: ou por falta de apoios tentam sobreviver nos chamados cinemas independentes, ou seduzidos pelos dólares sucumbem aos poderosos e passam a dirigir obras de entretenimento também.</span></div><span style="font-family:arial;"><div align="justify"><br />Ao final, quero dizer, que embora o cinema contemporâneo possa ser mais explícito nas obras de diretores de países europeus e outros, deixamos estes filmes, embora característicos desta fase, nas páginas referentes aos próprios países deles. E que esta página, não é para criticar o cinema atual, muito pelo contrário, é para retratar o que de melhor (segundo a nossa opinião, é claro) foi produzido de 1970 para cá. Porque, ao final de tudo, o que nos interessa são os filmes, são os bons filmes; é para isso que cansamos os nossos dedos nos teclados do PC, o resto são apenas introduções para melhor situar os nossos preferidos nos temas propostos!</div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">..</span> <span style="color:#ffffff;">..</span></span></div>RUBENShttp://www.blogger.com/profile/06892853602991148985noreply@blogger.com0